Jacques Bossuet |
domingo, 31 de julho de 2016
Paródia de um trecho da música Faroeste Caboclo - Legião Urbana
Não tinha medo tal Bossuet o santo bispo
Era o que todos diziam que na França ele nasceu
Foi um eficaz filho de magistrados
Só pra sentir no seu sangue a santidade que lhe-rendeu
Quando criança só pensava em ser bispo
E mais tarde na teologia ele se reconheceu
Foi o maior nas ideias que criava
E na escola até o professor com ele aprendeu
Ia pra igreja só pra doar o dinheiro
Que as irmãs recolhiam na caixinha do altar
Sentia mesmo que era mesmo diferente
E no absolutismo ele achou o seu lugar
Ele queria sair para doutrinar
As coisas que ele tinha na intenção
Escreveu um livro pra poder pregar
O direito divino e a sua missão
Mantia sempre toda sua santidade
E no direito divino Deus era o mandador
Aos quinze ele queria ser teólogo
E depois favorecer seu criador
De teologia ele manjava
No absolutismo ele foi um grande inventor
Ficou famoso por fazer o que gosta
E louvar sempre a Deus e seu amor
Origens mais remotas do Direito Divino
A
aceitação da Doutrina do Direito Divino por parte do povo devia-se á causas
psicológicas nos tempos do reis bíblicos. Acreditavam que operavam milagres. A
prática do reis taumaturgos (reis curandeiros) era muito popular pela população
francesa na idade média. Havia a crença de que os Óleos Sagrados de
Reims, onde coroavam os franceses. Tornou obrigação dos soberanos que
organizavam cerimônias, festivas, onde trocavam os desgraçados e os livrava das
tristes chagas que os atormentavam.
As naturezas humanas devem estar sujeitas ao rei pelo contrato de submissão (oposto do Contrato Social que era defendido pelos teóricos ingleses). Impensável, pois, algum súdito alegar direito de resistência ao Lugar-Tenente de Deus como pretendiam os teóricos calvinistas e e luteranos. Das tantas formas políticas que existiram ao longo da história a monarquia é, no entender de Bossuet, a única legítima pois redunda em estabilidade. Ninguém pode criticá-la ou opor-se a ela,porque ela foi consagrada pela tradição.
Neste momento então, Bossuet estabelece as quatros características da monarquia: é sagrada, é paternal, é absoluta e está em total harmonia com a razão.
As naturezas humanas devem estar sujeitas ao rei pelo contrato de submissão (oposto do Contrato Social que era defendido pelos teóricos ingleses). Impensável, pois, algum súdito alegar direito de resistência ao Lugar-Tenente de Deus como pretendiam os teóricos calvinistas e e luteranos. Das tantas formas políticas que existiram ao longo da história a monarquia é, no entender de Bossuet, a única legítima pois redunda em estabilidade. Ninguém pode criticá-la ou opor-se a ela,porque ela foi consagrada pela tradição.
Neste momento então, Bossuet estabelece as quatros características da monarquia: é sagrada, é paternal, é absoluta e está em total harmonia com a razão.
O Direito Divino Dos Reis
O poder dos reis é proveniente da doutrina política e
religiosa do absolutismo político. Como um termo genérico utilizado pelas
ideias que justificam a autoridade e
a legitimidade de um monarca, a doutrina sustenta que um rei deriva seu direito de governar da vontade divina, e
não de qualquer autoridade temporal, nem mesmo da vontade de seus súditos.
Escolhido por Deus, um monarca é responsável apenas por ele, e só deve ser
responsabilizado pelos seus atos perante Deus. A doutrina implica que a
deposição do rei ou a limitação do seu poder e as prerrogativas da coroa são
atos contrários à vontade divina. No entanto, a doutrina não é uma teoria
política prática, mas sim um aglomerado de
ideias. As limitações práticas colocaram limites muito consideráveis do poder
político e de autoridade dos monarcas, e com as prescrições teóricas do direito
divino raramente foi traduzido literalmente para o absolutismo total. Essa teoria foi criada pelo bispo, teólogo
francês Jacques Bossuet, consolidando-se no transcorrer do século XVII.
terça-feira, 26 de julho de 2016
A vida de Jacques Bossuet
Jacques Benigne Bossuet foi um dos principais teóricos do absolutismo por direito divino, nasceu em uma família de magistrados em 1627, em Dijon, onde recebeu educação no colégio jesuíta. Por estar destinado à vida religiosa, recebeu tonsura (um corte especial de cabelo com um círculo raspado no alto posterior do crânio) aos 10 anos. Aos 15 foi para Paris onde estudou teologia no College de Navarre e presenciou os motins da Fronde, um levante de amotinados contra o absolutismo real
Em 1652 foi ordenado
padre e recebeu doutorado em teologia. Se pai obteve-lhe a indicação para
cônego na Mogúncia (Metz) onde ficou popular como orador em controvérsia com os
protestantes. Dividiu o tempo entre Metz e Paris até 1659 e a partir de 1660
raramente deixava a capital. Lá, pregou os sermões da quaresma em dois famosos
conventos, o dos franciscanos mínimos e o dos carmelitas, e em 1662 foi chamado
a pregar para Luís XIV. Ficaram famosos suas orações fúnebres, principalmente
nos funerais Henrietta Maria of France, rainha da Inglaterra e de sua filha
Henrietta Anne da Inglaterra, cunhada de Louis XIV, da princesa Anne de
Gonzague, do chanceler Michel Le Tellier, e o do Grande Condé .
Foi designado bispo de
Condom (1669), no sudoeste da França, mas, escolhido para tutor do Delfim, o
filho mais velho do rei, renunciou ao bispado e ingressou na corte, onde teve a
oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos e integrar-se na política.
Eleito para a Academia Francesa, foi também nomeado conselheiro do rei. Foi
designado bispo de Meaux em 1681, e deixou a corte; embora mantivesse amizade
com o delfim e o rei, foi um bispo dedicado, pregando e ocupando-se de organizações
de caridade, poucas vezes deixando sua diocese.
Bossuet estava tão
integrado ao absolutismo do reinado de Luís XIV que chegou ao extremo de
definir como herético qualquer um que tivesse opinião própria. Foi o formulador
da ideologia gaulesa ou galicana, que estabelecia certos direitos do rei contra
o papa, uma questão que sempre fora polêmica. Temendo uma cisão dentro da
igreja, entre os partidários do rei e os ultramontanistas (alusão a estar a
sede da Igreja além dos Alpes), que consideravam os poderes do papa supremos e
inatacáveis mesmo em solo francês. Promoveu uma assembléia geral do clero
francês em 1681-1682 cujo documento final redigiu e na qual ficou definido que
o papa era autoridade somente em matéria religiosa.
Não podia deixar de se
envolver também em outras questões igualmente contemporâneas como o jansenismo,
a doutrina de que a salvação é uma graça concedida apenas a alguns, e o
quietismo, uma forma de misticismo de contemplação passiva e abandono à
presença divina, pregada pelo arcebispo de Cambrai, Francois Fenelon, condenado
em Roma em 1699.
Contra
Fenelon escreveu Instruction sur les etats d'oraison (1697) e Relation sur le
quietisme (1698). Também atacou violentamente o teatro francês como imoral no
seu Maximes et reflexions sur la comedie (1694).
Seu
livro Política tirada das Santas Escrituras, 1708, valeu-lhe a reputação de
teórico do absolutismo. Nessa obra ele desenvolve a doutrina do direito divino
segundo a qual, qualquer governo formado legalmente expressa a vontade de Deus
e é sagrado e qualquer rebelião contra ele é criminosa. Em contra partida, o
soberano deve governar seus súditos como um pai, à imagem de Deus, sem se
deixar afetar pelo poder. Escreveu também Exposição da Fé Católica, História
das Variações das Igrejas Protestantes e "Discurso sobre a História
universal. Bossuet faleceu em Paris em 12 de abril de 1704.
Bossuet criou uma frase que foi o verdadeiro lema do Estado absolutista: "Um rei, uma fé, uma lei"
Ele defendia o direito divino, legitimado do governo da realeza.
Defendia o jansenismo (doutrina que pregava a salvação).Bossuet usava a bíblia para justificar o absolutismo. Ele extraia exemplos dela para mostrar que o Rei era uma escolha de Deus.
Bossuet criou uma frase que foi o verdadeiro lema do Estado absolutista: "Um rei, uma fé, uma lei"
Ele defendia o direito divino, legitimado do governo da realeza.
Defendia o jansenismo (doutrina que pregava a salvação).Bossuet usava a bíblia para justificar o absolutismo. Ele extraia exemplos dela para mostrar que o Rei era uma escolha de Deus.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
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